(Air)
Hoje acordamos cedo para sair de Presidente Pena porque nosso percurso seria longo, rodaríamos 850 km até Foz do Iguaçu, ou seja, voltar novamente a pisar em solo brasileiro !!!
O problema é que estava caindo uma chuva danada. Como nao podíamos esperar, saímos assim mesmo. Passamos em uma casa de cambio para trocar dólares em pesos Argentinos, porque a maioria dos postos de combustível da Argentina só aceitam pagamento em cash. Isto merece um comentário, no chile, todos os postos por onde passamos aceitaram cartao de crédito, na Argentina, sao raros os postos que aceitam. Portanto, aqueles que forem fazer viagem para a Argentina, lembrem-se de ter pesos para pagar os postos ou correrao o risco de ficar se abastecer.
Seguimos pela estrada numa chuva danada. Do jeito que estava imaginamos que a chuva nos acompanharia por todo o trajeto, mas por sorte após 120 km ela parou. Ainda bem porque do jeito que estava chovendo forte ia ser difícil rodar os 850 km no mesmo dia.
Observacao sobre as estradas:
Na argentina a maioria das estradas sao boas em relaçao a qualidade do asfalto, porém sao quase todas privatizadas. As que nao sao possuem o asfalto ruim, pelo menos nos trechos que passamos. Mas mesmo as privatizadas possuem um sério defeito, nao tem acostamento de asfalto, ou seja, o acostamento é na verdade o que tiver fora da estrada, algumas tem rípio, outras simplesmente o mato lateral que as vezes está um pouco alto dificultando inclusive carros de encostar. Devido a esta falta de acostamento, passei um sufoco durante a chuva onde um carro que estava a minha frente queria sair da estrada entrando a esquerda, como vinha carro no sentido contrário e nao tinha acostamento ele simplesmente parou no meio da rodovia esperando o carro passar para entrar a esquerda. Estava chovendo muito e eu vinha atrás, nao arrisquei a frear naquela chuva porque sabia que nao dava para parar, o jeito foi passar espremido entre o carro parado e o outro que vinha na contra-mao. Coisas de Argentina.
Outro problema que vejo nas pistas da Argentina é que além de nao terem acostamento de asfalto sao muito estreitas, fico impressionado quando dois caminhoes cruzam em sentindo opostos na estrada, passam tirando tinta um do outro.
No Uruguai as estradas que passamos sao muito boas, mas todas privatizada.
Um detalhe importante é que no Uruguai, na Argentina e no Rio Grande do Sul as estradas privatizadas nao cobram pedágio de motos, um ótimo exemplo para ser seguido pelas outras estradas do Brasil
No Chile as estradas sao ótimas. A única privatizada que pegamos foi a Ruta 5 (Panamericana) mas somente no trecho de pista dupla (de Puerto Mont até La Serena) é que cobram pedágio, inclusive das motos. Mas a diferença é que no Chile o valor que cobram das motos é 4 vezes menor que dos carros, já no Brasil é metade dos carros.
Antes de chegar em Foz do Iguaçu demos uma passadinha em Puerto Iguazu, que é ainda no lado Argentino. Tentamos entrar no Parque do lado Argentino mas já nao dava mais tempo, chegamos lá as 18:30 e só podia entrar até as 17:00.
Comemos em Puerto Iguazu um bife de Chorizo para despedir e atravessamos para o Brasil. Foi emocionante pisar novamente em solo brasileiro depois de tanto tempo fora, nos sentimos em casa !! Chega de falar: hola, perdon, permisso, etc. As vezes até confundimos e soltamos um sem querer de tanto que estávamos acostumados.
(Du)
O trecho de ontem era para ser feito de baixo de chuva mesmo. Ontem de noite a chuva passou e achamos que iriamos viajer tranquilos. De madrugada a chuva voltou e saímos assim mesmo. O lambari que entrou na minha bota ontem virou um dourado em Corrientes. Parou a chuva e enrolamos o cabo até Foz. Foi a viagem mais rápida que fizemos, pena que não deu para ver a garganta do diabo. Fica para a próxima!!
Iupi, obrigado pela mensagem. Voces não vão ter problema de desgaste, porque o vento pega é de Bahia Blanca para baixo e o roteiro que voce descreveu não deve dar mais de 10 mil quilometros e as motos só começaram a dar problema a partir daí. Sugiro comprar uma mapa na Argentina e no Chile com as indicações de postos de gasolina (Qualquer posto YPF-Argentina e Copec-Chile tem), para fazerem um bom planejamento, mas também neste trecho voces não terão problema de abastecimento. Programem bem também os dias que tiver que passar nas aduanas pois pode ser demorado.Boa viagem e aproveitam que é show de buela!!!
Amigo Kobayashi, desculpe a demora na resposta, mas a passagem de estreito de Magalhães, por Angustura, tem toda hora até meia-noite, demora no máximo 15 minutos (eles nem amarram as motos), custa 3.600 pesos chilenos (7,5 dolares) e aceita pagamento em qualquer moeda, mas não sei se aceita cartão. Cuidado se o tempo estiver chuvoso pois pode ser até que a travessia seja fechada (muito raro no verão). Por Punta Arenas-Pourvenir é muito complicado, não compensa.
(Tulio)